A violência no âmbito escolar: um alerta à importância da parceria família e escola – No contexto da minha atuação dentro do Tribunal de Justiça, como mediadora judicial, verifico que:
Há uma grande correlação entre o aumento da violência infrafamiliar, que tanto pode ser em grau mais ostensivo (com agressões físicas), quanto sutil (no âmbito do psicológico), e o ambiente escolar.
Vejo ainda que existe uma dificuldade de delimitar qual o papel da escola e qual o da família, no quesito educação.
Porém, penso que responsabilizar um ou outro pelo problema não resolve o cerne.
Acaba contribuindo, sim, para que isso continue se perpetuando e de forma cada vez mais frequente.
Já se foi o tempo que a escola deveria se entender como um lugar destinado apenas a transmitir conteúdo teórico, pedagógico.
Hoje, as escolas que não se atentarem para o fator humano, com projetos e ações que possam contribuir para um melhor entrosamento entre os alunos e o corpo docente, não tem como prosperar.
Assuntos como violência, bullying, estão estritamente ligados à algumas questões de violências intrafamiliares!
A difícil percepção desse contexto é que, muitas vezes, essa violência não acontece de forma ostensiva, mas de forma velada, num âmbito muito subjetivo.
Assim, trabalhar com as crianças temas como gestão das emoções, autoconhecimento, CNV, seja de forma regular ou mesmo em ações pontuais, se fazem de fundamental importância.
Podemos dizer que, quase todo ato violento, surge, a princípio, de uma necessidade não atendida.
Burnout parental
Temos visto que muitos pais estão sobrecarregados com a rotina corrida de hoje e, já temos até um termo deveras interessante, chama-se: “burnout parental”.
Esse é um fator que, também em algum aspecto, tem contribuído para que algumas crianças e jovens apresentem algum tipo de comportamento diferente no ambiente escolar.
Parceria entre em escola e família
Por isso que essa parceria entre em escola e família é tão importante!
Para que, juntas, mapeiem e possam agir no cerne da questão, não buscando soluções simplistas, mas tentando alcançar a causa e acionar as redes competentes.
Se tratarmos de uma instituição pública ou fazer os encaminhamentos e sugestões para as famílias da rede privada.
O que importa é que não se pode fechar os olhos para o que anda acontecendo.
Aliadas, escola e família, tem maiores chances de, colaborando uma com a outra, chegarem a uma boa resolução, atuando de forma mais precisa para resolver as questões que se fizerem necessárias.
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